Institucional
O projeto do Centro de Memória Digital de Simão Dias Professora Enedina Chagas traz consigo a oportunidade histórica de perenizar a riqueza e as peculiaridades desse chão tão pródigo de nosso Sergipe. Por ser filho daqui e por todos os vínculos afetivos e simbólicos vivenciados, tive que buscar critérios técnicos, científicos, sobretudo, poéticos e emocionais – isso faz parte de meu método criativo.
Todo projeto curatorial estabelece linhas mestras que guiam a narrativa para se contar a história pretendida. O meu olhar esteve pautado em apresentar um recorte amplo, diversificado e plural. Foi necessário contar essas histórias pelo viés da representatividade e da inclusão, por isso, nesse espaço, encontramos do Barão de Santa Rosa ao artesão Liu. Alinhavando essa complexa e rica tessitura de nossas estratificações sociais e culturais, conseguimos construir esse Centro de Memória: ambiente de identidade, afirmação e pertencimento.
Foi preciso encontrar uma lógica para construir esse novo equipamento cultural, associando os conteúdos históricos às novas formas de exposição utilizando recursos tecnológicos sensoriais e imersivos. Todo esse trabalho foi desenvolvido com a parceria, a dedicação e o talento do arquiteto Eduardo Lucas, sob a curadoria máster e a coordenação de pesquisa da notável e exemplar historiadora Josevanda Franco, com a participação dos pesquisadores locais Amanda Santos, Denisson Déda, Edjan Alencar, Joaldo Moraes e Jorge Bastos – profundo conhecedor da história de Simão Dias.
Aqui encontramos instalações interativas de última geração, através das quais é contada a trajetória do município, desde os povos originários até a atualidade. É um vasto recorte temporal, cujos conteúdos poderão ser atualizados, ampliados e retroalimentados por meio da plataforma da Midiateca, projetada para ser um depositório constante de acervos sobre a história de Simão Dias, produzidos por pesquisadores e pelas instituições de ensino superior. Não temos a pretensão de esgotar os temas, muito pelo contrário, esse Memorial nasce como contribuição para que a nossa história, a partir de agora, tenha um lugar seguro de salvaguarda digital.
Por diversas vezes, fui tomado pela emoção, pois tive de revisitar muitas coisas e de mexer em sentimentos que extrapolaram minha consciência. Deparei-me com imprevisibilidades, redescobertas e também com o imponderável. Precisei olhar amplamente para esse todo que nos forma, identifica e assemelha: o orgulho e a paixão de fazer parte dessa nação simãodiense.
Ezio Déda
Arquiteto e curador
SERGIPANO E SIMÃODIENSE
Educação e Cultura são temas aglutinadores, convergem para o mesmo objetivo.
A Educação é singular ferramenta. Por intermédio dela, é possível levar aos únicos seres inteligentes, neste planeta, a oportunidade de poderem despertar o fabuloso potencial do cérebro. E, assim, eles, os humanos, fazem a fabulosa viagem pelo universo do conhecimento.
O privilégio exclusivo que o Homo sapiens tem – pensar, compreender e acumular conhecimento – é um processo cultural, que deve começar cedo e acompanhá-lo ao longo da existência.
Subtrair do povo o direito fundamental à Educação e à Cultura é crime de lesa-pátria, de lesa-humanidade.
Quando falha a Educação, quando se desmerece a Cultura, acontece o indesejado e fatal retorno à barbárie.
Este Memorial (que leva o nome de uma simãodiense ilustre: a professora Enedina Chagas, exemplar educadora e líder religiosa) resulta de minucioso trabalho de pesquisa, de restauração e de aprofundamento considerando a vida de um povo e de uma terra.
Aqui, estão digitalmente configurados o surgimento e a evolução de uma gente, ou seja, a nossa História, desde o existir dos povos ancestrais, os primeiros habitantes, passando pelos tempos do Império, quando ainda subsistia a mancha da escravatura.
Evoluímos, construímos uma sociedade moderna, com sua diversidade étnica e com o mosaico benfazejo da miscigenação, e o fizemos atravessando diversas épocas, desde quando o poder era concentrado nas mãos dos poucos que impunham as vontades, até a República e a Constituição de 1988, que conferiu dignidade ao povo brasileiro. E tantos simãodienses foram influentes personagens nessa jornada civilizatória.
Este Memorial levará sempre à presente e às futuras gerações a lembrança épica dos nossos antepassados – o trotar dos cavalos, o gemer dos carros de boi, o mugir das boiadas: o sentido e o sentir da nossa natividade. Aqui, com a tecnologia de múltiplos recursos digitais, estão rememorados e valorizados todos esses cenários.
Neste local, de uma antiga edificação totalmente restaurada, realiza-se, também, a desejada simbiose entre o processo educativo e o espaço do fazer cultural. Nele, fica registrado este reconhecimento do meu governo ao magnífico trabalho de arte, envolvendo engenharia, arquitetura, história, antropologia, etnografia, desenvolvido pelos operários e pelos técnicos, que aqui labutaram ao longo de três anos.
Minha homenagem pessoal e reconhecimento profundo aos que formataram e conceituaram este projeto, sob a liderança do arquiteto, poeta e executivo Ezio Déda, diretor-superintendente do Instituto Banese.
Aos dirigentes e funcionários do Banese: o BANCO DOS SERGIPANOS o penhor da gratidão por esta obra primorosa, patrimônio cultural do povo de Simão Dias, que não teria sido possível sem a segurança do aporte financeiro disponibilizado pontualmente para a cobertura de todos os gastos com o nobre investimento de natureza cultural-educativa.
BELIVALDO CHAGAS SILVA
Governador de Sergipe
O Banese, ao longo de seus 60 anos, traz na trajetória o legado de valorização e de fomento à cultura sergipana. Notadamente, na última década, destaca-se a construção do Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda e do Largo da Gente Sergipana, ambos equipamentos que são ícones representativos de nossa identidade, projetando Sergipe para Sergipe e para o mundo.
Com a construção do Centro de Memória Digital de Simão Dias Professora Enedina Chagas, o Grupo Banese, por intermédio do Instituto Banese, e o Governo do Estado, realizaram um marco histórico na região centro-sul de Sergipe. Aqui em Simão Dias, cidade de grande importância política, cultural e desenvolvimentista, esse espaço se transforma em um importante instrumento de educação, cultura e turismo, além de ser um inesgotável veículo de pesquisa e de retroalimentação de conteúdos.
A restauração dessa edificação secular reitera o compromisso do Banese com a preservação do patrimônio material e imaterial de Sergipe, devolvendo a Simão Dias esse significativo monumento arquitetônico integralmente recuperado e em pleno uso, oferecendo à população um equipamento cultural inovador e que, indubitavelmente, é um farol de inspiração para o futuro.
Enquanto presidente do Banese, registro a minha satisfação em poder contribuir para a história da cidade natal de meus antepassados.
Helom Oliveira
Presidente do Banese
O Centro de Memória Digital de Simão Dias Professora Enedina Chagas é um projeto do Grupo Banese, viabilizado pelo Instituto Banese, e do Governo do Estado de Sergipe. É um equipamento cultural que contempla a restauração de uma edificação arquitetônica secular de estilo eclético e a sua ampliação para atender às novas demandas de uso museal. Esse centro cultural foi planejado para ofertar novo espaço de interação à população simãodiense e da região, fortalecendo a atividade de pesquisa e suscitando novas conexões históricas e artístico-culturais.
Um projeto voltado a preservar o patrimônio e a valorizar costumes, tradições e pertencimentos. Nesse espaço de instalações interativas e recursos audiovisuais de última geração, está exposta a trajetória do município, desde sua fundação até os dias atuais, perpassando pelos povos originários e por todo o processo de transformações sociais, políticas, urbanas, culturais e econômicas.
O Centro de Memória Digital de Simão Dias Professora Enedina Chagas é um instrumento de salvaguarda, preservação, identidade e memória. Um legado intangível para as futuras gerações.
Ao longo de sua trajetória, o Instituto Banese já realizou diversos projetos estruturantes para a valorização e o fortalecimento de elementos formadores da nossa sergipanidade. Com esse novo Memorial, o Instituto amplia, diversifica e fortalece a interiorização de suas ações em prol de nossa cultura.
Ezio Déda
Superintendente do Instituto Banese
Enedina Chagas Silva nasceu no dia 12 de junho de 1930, na cidade de Campo do Brito, filha do casal João Silva Oliveira e Jovina Chagas Silva.
Ainda criança, veio com os pais morar em Simão Dias, onde estudou e realizou diversos serviços sociais, dedicando parte da vida à Educação e à Igreja. Foi aluna do Ginásio Carvalho Neto, a terceira classificada no teste de admissão em 1957.
No Ginásio, tornou-se professora do ensino regular, atuou também na antiga Legião Brasileira de Assistência. Ministrou aulas de bordado, corte e costura e de educação artística. Por ser católica devota, fez parte do grupo de orações Apostolado da Oração Sagrado Coração de Jesus, da Pia União das Filhas de Maria e da Sociedade dos Vicentinos São Francisco de Paula, além de dirigir e participar do coral da Igreja Matriz por vários anos. Participou da organização das festividades alusivas ao Cinquentenário do Congresso Eucarístico Diocesano, no qual foi responsável pela compilação de todo o programa e por outras informações importantes relacionadas ao emérito certame. Tudo seria distribuído durante a missa. Ainda, no Apostolado da Oração, exerceu a função de presidente, na década de 1990.
Foi a primeira diretora do Memorial Municipal de Simão Dias, inaugurado em 10 de agosto de 1991. Permaneceu no cargo até 1994.
Faleceu aos 73 anos de idade.
Professora Enedina Chagas deixou relevante contribuição para a educação e a cultura de Simão Dias. Esse Espaço Cultural a homenageia pelo legado de sua trajetória, que beneficia gerações.
INSTITUTO BANESE
Ezio Christian Déda de Araújo
Diretor Superintendente
Léa Monteiro Rocha
Diretora Administrativo Financeira
Celiene Santana Lima
Diretora de Programas e Projetos
LOREM IPSUM
CENTRO DE MEMÓRIA DIGITAL DE SIMÃO DIAS PROFª ENEDINA CHAGAS
Renata Dantas do Amaral Santos e Souza
Diretora Administrativa e Cultural
Amanda de Oliveira Santos
Coordenadora de Pesquisa Histórica e Ações Educativas
LOREM IPSUM
MISSÃO
Fomentar a preservação e valorização da memória histórica, cultural e do patrimônio humano da sociedade simãodiense, a partir da guarda e proteção do acervo material e imaterial, utilizando, para tanto, recursos em meios digitais e físicos.
VISÃO
Ser reconhecida, nacionalmente, como uma instituição especializada na preservação do patrimônio humano, histórico e cultural de Simão Dias.
VALORES
Cidadania, cientificidade, criatividade, ética, inovação, profissionalismo, pertencimento, responsabilidade social e visão transformadora.
OBJETIVOS
Classificar, colecionar, digitalizar, preservar, promover e expor os elementos expressivos do patrimônio humano, histórico e cultural de Simão Dias.